domingo, 14 de junho de 2009

Oficina de TecnoReciclagem
no SESC Pompéia

Ontem, fizemos as captações de imagens e de sons no SESC Pompéia, experimentando as traquitanas do Daniel De Granville.

Meu nome é Newton Yamassaki e tive uma reação interessante quanto à oficina, pois o Daniel utiliza equipamentos que até sairam de linha mas ainda são ótimos em termos de qualidade. Isso muda meu conceito de consumo sem precisar descartar tecnologias antigas. Por exemplo: Ele usa um Mini Disc para as captações de áudio, que tem uma qualidade excelente, e embora em desuso, ele torna útil para o trabalho que realiza. Com objetos "descartáveis" podemos aproveitá-los pensando apenas nos conceitos básicos e físicos e transformá-los para que tenham utilidade prática. Simples assim.

Newton fazendo o auto-retrato por meio do disparador remoto HT sem fio (foto: Newton Yamassaki)


Com relação ao som, tentamos usar uma velha parabólica de TV via satélite, mas como estava ventando bastante, o ruído era muito captado pelo microfone, mesmo com o quebra-vento de espuma na ponta. Foi mais eficiente usar o refletor parabólico de guarda-chuva. Hoje escutamos o áudio captado e notamos que quando o refletor estava apontado para nós, enquanto falávamos, a nossa voz era nítida. Quando a pessoa que estava segurando o refletor direcionava para os carros da avenida Pompéia, a nossa voz sumia e amplificava o barulho dos motores e freadas do trânsito.

Vitor capta áudio urbano utilizando o microfone parabólico com guarda-chuva (foto: Daniel De Granville)

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Meu nome é Vitor Rebello e sou assistente fotográfico. A oficina gerou em mim uma certa inquietude por buscar novas formas de fazer as coisas sem necessariamente cair na teia do consumo. Captamos uma imagem com o Newton utilizando o disparador remoto sem fio a cerca de quinze metros da câmera, do lado de fora da sala. O disparador foi construído com o uso de dois rádios HT conectados à câmera.

Depois fomos ao 11º andar do prédio do SESC Pompéia e lá captamos uma imagem utilizando um filtro de densidade variável montado com um polarizador linear sobreposto a um polarizador circular. Na imagem a maioria dos carros "sumiu" pois estavam em movimento. Isso só foi possível graças ao filtro, pois ainda era dia e sem ele entraria muita luz na câmera, assim o obturador não poderia ter ficado aberto por tanto tempo.

Imagem de São Paulo feita às 16h38 usando o filtro de densidade variável. Abertura f/22, tempo de exposição de 30 segundos (foto: participantes da Oficina TecnoReciclagem).


Esperamos que você aprecie os sons e imagens que produzimos com os conceitos de tecnoreciclagem e disponibilizamos aqui no blog da Rede Vit@l!

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